Até que chegou um dia que a rosa percebeu que só o que ela tinha eram seus espinhos, sonhos e solidão. Será que afastar todos era a melhor saída? Talvez fosse a mais fácil, porque se mantendo sozinha não haviam decepções, só a sua própria, que já era grande demais.
Então durante todo esse tempo aquela rosa azul se manteve alí, firme, disposta a afastar todos do seu coração. Alguns tentaram, muitos decepcionaram, nenhum conseguiu preencher seu vazio. Até que um dia um velho, carregando consigo muito carinho e paciência, despertou a rosa... Como poderia? Como ele tinha aguentado as diversas feridas que a rosa tinha lhe causado? Como ainda tocava, olhava e passava tanto carinho? Como ainda estava alí?
A confusa rosa azul não entendia, mas pela primeira vez sentiu medo de que fosse tarde demais.
'' Minha rosa, sem dúvida um transeunte qualquer pensaria que se parece convosco. Ela sozinha é porém mais importante que vós todas, pois foi a ela que eu reguei. Foi a ela que pus a redoma. Foi a ela que abriguei com o para-vento. Foi dela que eu matei as larvas. Foi a ela que eu escutei queixar-se ou gabar-se, ou mesmo calar-se algumas vezes. É a minha rosa. '' (Antoine de Saint-Exupéry).
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
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